terça-feira, 4 de setembro de 2012

Anfíbios

Anfíbios: O início da Conquista do Meio Terrestre

Os anfíbios não são encontrados no ambiente marinho, apenas na água doce e em ambiente terrestre. O nome do grupo, anfíbios (do grego, amphi - dos dois lados + bios = vida), foi dado em razão da maioria de seus representantes possuírem a fase larval aquática e de respiração branquial (lembre-se dos girinos) e uma fase adulta, de respiração pulmonar e cutânea, que habita o meio terrestre úmido. São heterotermos, como os peixes.


Trocas gasosas
Os anfíbios adultos precisam viver perto da umidade: sua pele é fina e pobremente queratinizada, muito sujeita à perda de água. Uma delgada epiderme, dotada de inúmeras glândulas mucosas, torna a pele úmida e lubrificada, constituindo-se de um importante órgão respiratório.
Nos sapos, os pulmões são extremamente simples, equivalem a dois "sacos" de pequeno volume e de pequena superfície de trocas gasosas. Essa característica é que aumenta a importância da pele como órgão respiratório.

A circulação

O coração apresenta três cavidades: dois átrios (um direito e um esquerdo) e um ventrículo. O sangue venoso, pobre em O2, vindo dos pulmões, penetra no átrio esquerdo. Os dois tipos de sangue passam para o único ventrículo onde se misturam, ainda que parcialmente. Do ventrículo, o sangue é bombeado para um tronco arterial (conjunto de vasos) que distribui sangue para a cabeça, tronco e pulmões.
A circulação é dupla e incompleta: dupla, porque o sangue passa duas vezes pelo coração a cada ciclo de circulação, incompleta, porque o ventrículo é único e nele o sangue arterial e venoso se misturam.

A reprodução

Nos sapos, rãs e pererecas, os sexos são separados. A fecundação é externa, em meio aquático. As fecundações vão ocorrendo, e cada ovo possui uma membrana transparente que contém, no seu interior, um embrião em desenvolvimento que consome, para a sua sobrevivência, alimento rico em reservas originadas do óvulo.


Após certo tempo de desenvolvimento, de cada ovo emerge uma larva sem patas, o girino, contendo cauda e brânquias. Após certo tempo de vida na água, inicia-se uma série de modificações no girino, que prenunciam a fase adulta. A metamorfose consiste na reabsorção da cauda e das brânquias e no desenvolvimento dos pulmões e das quatro patas.

Peixes

Ostheichthyes (peixes ósseos), hoje divididos em Actinopterygii (peixes com nadadeiras raiadas, que são a maioria das espécies), os Actinistia (celacanto) e os Dipnoi (peixes pulmonados, como a pirambóia). Estes dois últimos (Actinistia e Dipnoi) compreendem, na classificação tradicional, os Sarcopterygii, peixes com as nadadeiras carnosas.
Os primeiros peixes, representados pelos já extintos ostracodermos, peixes Agnatha (sem mandíbulas) surgiram, provavelmente no Cambriano. Acredita-se que os dois grupos atuais mais importantes, Chondrichthyes e Osteichthyes, surgiram no final do Devoniano e final do Siluriano respectivamente.
Os peixes apresentam tamanhos e formas variados como o tubarão-baleia, o maior peixe conhecido, o gobião das Ilhas Filipinas com cerca de oito milímetros de comprimento, e os peixes de aspectos incomuns, como o cavalo-marinho e o peixe-morcego. A maioria das espécies de peixes são marinhas, embora existam muitas espécies de agua-doce. Os peixes toleram grandes variações de temperatura, sendo que algumas espécies podem sobreviver em fontes termais de 42° C enquanto outras podem viver em ambientes com temperaturas próximas a da congelação.

Crânio e Nadadeiras

Nos Agnatha, lampréias e feiticeiras, o crânio é cartilaginoso. A boca é circular e sugadora, formada por um disco de sucção que pode ou não apresentar estruturas semelhantes a dentes.
Os Chondrichthyes e Ostheichthyes apresentam mandíbulas, maxilas superior e inferior, que se formam a partir do primeiro arco branquial ou mandibular. A maxila superior é conhecida como cartilagem palatoquadrada e a maxila inferior, como cartilagem de Meckel. Nos tubarões e nas raias a maxila superior está frouxamente ligada ao crânio e é sustentada na sua porção posterior por um elemento do segundo arco, ou arco hiomandibular.
Nos Osteichthyes, existe um grau de ossificação muito variável. Nos esturjões, por exemplo, o condocrânio apresenta-se muito pouco ossificado, já nos peixes ósseos superiores, os ossos dérmicos são muito numerosos e formam uma couraça em volta do crânio. Neste grupo muitas partes do condocrânio foram substituídas por numerosos ossos nas regiões ótica e occipital.
O osso dental, que possui dentes, ocupa a superfície anterior e dorsal da mandíbula. A cabeça da cartilagem de Meckel pode ser substituída pelo osso articular que faz a articulação com o quadrado.

A maioria dos peixes apresenta nadadeiras peitorais e pélvicas pares, bem como, nadadeiras caudal e medianas ímpares. As nadadeiras caudais, apresentam quatro formas mais comuns, como mostra a figura abaixo.
A nadadeira protocerca é típica dos ciclóstomos, e a dificerca, ocorre nos dipnóicos. Nestes dois tipos de nadadeira o esqueleto axial estende-se quase até a extremidade. A nadadeira heterocerca é encontrada nos esturjões e nos tubarões. Nesta forma a extremidade posterior do esqueleto axial termina num grande lobo dorsal, abaixo do qual existe um pequeno lobo ventral. Finalmente, temos a nadadeira homocerca, onde os raios são distais ao esqueleto axial e os lobos dorsal e ventral são simétricos. Esta forma é típica da maioria dos peixes ósseos.
Nos peixes Sarcopterygii (hoje separados em Actnistia e Dipnoi) as nadadeiras são do tipo carnosas. Esta característica estava presente nos Acnistia primitivos e hoje permanece na única espécie vivente deste grupo, o celacanto. Segundo estudos de anatomia comparativa, análise filogenética, bem como demais métodos comparativos, acredita-se que este grupo seria antepassado dos primeiros tetrápodos.
Como mostra a figura abaixo, podemos ver que certos elementos ósseos da nadadeira peitoral dos crossopterígeos sâo muito semelhantes aos respectivos elementos ósseos dos membros dos tetrápodos, indicando uma possível homologia.

Em A temos a representação da nadadeira peitoral de um Actinistia ou Crossopterygii (celacanto), e em B, temos a representação do membro anterior de um anfíbio fóssil primitivo. Pode-se perceber a semelhança de certos componentes ósseos (h, úmero; r, rádio e u, úlna) entre os dois grupos, corroborando uma hipótese de parentesco entre os dois grupos.

Sistema Circulatório

O sistema circulatório dos peixes, com exceção dos dipnóicos, é simples; apenas o sangue não-oxigenado passa pelo coração, sendo depois bombeado para as brânquias, onde é oxigenado e distribuído para o corpo. O coração possui quatro câmaras, mas apenas duas delas, o átrio e o ventrículo correspondem às quatro câmaras dos vertebrados superiores.

Sistema Respiratório

A respiração dos peixes é feita pelas brânquias internas que se desenvolvem a partir de uma série de evaginações da faringe. A água entra pela boca passa pelas fendas branquiais, onde o oxigênio é captado, e sai para o ambiente externo.

Sistema Excretor

O sistema excretor dos peixes, como dos outros vertebrados, regula o conteúdo de água do corpo, mantém o equilíbrio salino adequado e elimina os resíduos nitrogenados resultantes do metabolismo protéico no caso a amônia (Nh2). O rim funcional dos peixes é do tipo mesonéfrico, formado por uma série de túbulos renais.
Cada túbulo é enrolado, tanto na porção proximal como na distal, e dirige-se para um ducto coletor longitudinal comum, o ducto arquinéfrico, que se comunica com o meio exterior pela cloaca. A porção proximal de cada túbulo termina na cápsula de Bowman que contém um enovelamento vascular do sistema circulatório, chamado de glomérulo. A cápsula e o glomérulo juntos formam o corpúsculo renal por onde passam a água os sais e produtos de excreção, da corrente sangüínea para fora do corpo.

Sistema Nervoso

No sistema nervoso dos peixes o telencéfalo tem função olfativa. Os hemisférios cerebrais são pouco desenvolvidos e são formados por uma massa ganglionar basal chamada corpo estriado e por uma fina camada epitelial, dorsal, conhecida como palio, o qual nos vertebrados superiores irá formar o cérebro (massa cinzenta). O diencéfalo nos peixes origina o tálamo, o centro de relés para impulsos olfativos e visuais. Do diencéfalo surgem duas estruturas medianas; anteriormente surge o corpo parietal, e na região posterior, o corpo pineal. Nos ciclóstomos existem as duas estruturas, enquanto que na maioria dos peixes ocorre somente o corpo pineal.
O mesencéfalo dos peixes é o centro de coordenação nervosa. Esta estrutura desenvolve a partir da região dorsal dois lobos ópticos. O metencéfalo da origem ao cerebelo, o centro de coordenação muscular, sendo mais desenvolvido nos tubarões, peixes de movimentos muito rápidos. O mielencéfalo forma o bulbo do encéfalo, que, em todos os vertebrados está relacionado com os centros de atividades vitais, como a respiração, batimento cardíaco e metabolismo. Nos peixes esta região é o centro do sistema da linha lateral e do ouvido interno. Da mesma maneira que os anfíbios os peixes possuem 10 nervos cranianos.

Reprodução

Quanto ao aspecto reprodutivo dos peixes, sabemos que os Ciclóstomos (Petromyzontoidea e Myxinoidea), são hermafroditas, caso raro entre os vertebrados e mesmo entre os peixes modernos, onde 13 famílias dos Actinopterygii (peixes ósseos), apresentam esta condição. Os peixes cartilaginosos e os peixes ósseos apresentam gônadas pares, sendo os sexos separados. A fecundação na maioria dos peixes é externa. Nos Chondrichthyes (tubarões e raias) a fecundação é interna. O macho apresenta um órgão copulador na parte interna de cada nadadeira pélvica, denominado de clásper, que é sulcado medianamente. Quando estes são colocados juntos, formam um ducto em continuação com a cloaca, por onde saem as células germinativas.



Fonte: www.biocomputer.vilabol.uol.com.br

Cordados – Introdução

 Constituem os Cordados os seres vertebrados que possuem notocorda em, pelo menos, algum momento de sua vida. A notocorda, exceto em alguns seres, se transforma logo no início da vida em coluna vertebral, acompanhada de vértebras. Essas, por sua vez, não estão presentes nos Protocordados.

A caracterização de um Cordado deve ser feita no período do desenvolvimento embrionário, onde as quatro características marcante do filo estão presentes: fendas branquiais, notocorda, tubo nervoso dorsal, região do corpo prolongada além do ânus, formando uma cauda.

No filo Cordata estão os ágnatos – seres sem mandíbula – e os gnatostomados – seres com mandíbula.

Anfíbios, répteis, mamíferos e aves são Cordados.

Filo: Equinodermos

Os equinodermos


Os equinodermos (do grego echinos: espinhos; derma:pele) constituem um grupo de animais exclusivamente marinhos, dotados de um endoesqueleto (endo = dentro) calcário muitas vezes provido de espinhos salientes, que justificam o nome zoológico do grupo.
Embora não seja uma coluna vertebral, ele é importante na sustentação do corpo, pois é bem desenvolvido e resistente. Entre os equinodermos estão as estrelas-do-mar, os pepinos-do-mar, os lírios-do-mar e os ouriços-do-mar, entre outros.
O tamanho dos equinodermos varia bastante; o diâmetro da estrela-do-mar, por exemplo, medido de uma ponta a outra de seus braços, pode ser de alguns centímetros a até um metro, dependendo da espécie.
 

Estrela-do-mar  

   

Características dos equinodermos
Uma das características mais marcantes dos equinodermos é a presença de um complexo sistema de lâminas, canais e válvulas, denominado sistema aquífero ou ambulacrário (do latim ambulare: caminhar). Este sistema relaciona-se com a locomoção, respiração, circulação, excreção e até mesmo com a percepção do animal.

Os pés ambulacrais possuem paredes musculares e ampolas que acumulam líquido; as variações de pressão do líquido no sistema determinam a expansão ou retração dos pés, fato que culmina com o deslocamento do animal. Quando a pressão do líquido é maior nos pés, estes ficam mais rígidos, quando a pressão diminui, eles ficam moles - essa diferença permite o movimento.



Digestão
Os equinodermos alimentam-se de pequenos animais e algas. A estrela-do-mar, por exemplo é carnívora. Os sistemas vitais desses animais são simples e eficientes. O sistema digestório contém apenas boca, estômago, intestinos e ânus. Mas o estômago só esta presente no corpo dos equinodermos carnívoros, possuindo glândulas que produzem substâncias digestivas.
A estrela-do-mar alimenta-se principalmente de pequenos moluscos, como mariscos. Com os seus pequenos pés, a estrela do mar força a abertura das conchas das ostras, em seguida vira o seu próprio estômago do avesso e lança um suco digestivo dentro das conchas. Depois, é só engolir a massa, isto é, o corpo do molusco já digerido. Essa é, portanto, uma digestão extracorpórea.

 
Ouriço-do-mar

O ouriço-do-mar que se alimenta de algas - tem o aparelho bucal com "dentes" constituídos de substâncias rígidas. Com esses "dentes", ele raspa as algas presas nas rochas. Esse aparelho bucal dos ouriços recebe o nome de lanterna-de-aristóteles.


Excreção
A eliminação de excretas é facilitada pelo sistema ambulacrário, pelo qual circula a água no corpo dos equinodermos.
Respiração
A respiração - isto é, a troca gasosa - é realizada por minúsculas brânquias, próximas à boca, e também por toda a extensão dos pés ambulacrários, pelos quais circula a água.

Circulação
Há um líquido incolor que circula pelos canais, localizados ao longo de todo o corpo desses animais. Esse líquido realiza uma tarefa semelhante à do sangue no nosso corpo, ou seja, transportar substâncias para todo o corpo.
 

Lírio-do-mar  


Reprodução

Sexuada
Os equinodermos realizam reprodução sexuada, isto é, reprodução com a participação de gametas. Eles possuem sexos separados e a fecundação externa ocorre na água. Seu desenvolvimento é indireto, pois as larvas se transformam em animais jovens com forma própria.


Pepino-do-mar
 
Regeneração
Quando a cauda de uma lagartixa é cortada, em poucos dias cresce uma nova cauda, regenerando-se. Isso também acontece quando uma estrela-do-mar perde um dos braços.
Esse fenômeno de regeneração de parte do corpo representa uma vantagem para esses animais, que, quando atacados ou em iminente perigo, "entregam" parte do seu corpo para o predador, enquanto procuram se esconder.
Se o disco central estiver intacto, há espécies de estrela-do-mar que conseguem se locomover e se alimentar com apenas um dos braços, enquanto ocorre o processo de regeneração através de divisões celulares. O pepino-do-mar, em situação extrema de perigo, deixa parte de suas vísceras (órgãos internos). Isso é vantajoso, pois distrai os predadores e lhe dá tempo de escapar.


  Artrópodes

 

- Classe Insecta: 3 pares de patas, 1 par ou 2 pares de asa, ou nenhum, sendo este último o mais comum. 1 par de antenas e corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. Possuem olhos compostos. A excreção se dá por tubos de Malpighi, liberando, principalmente, ácido úrico. A fecundação é interna, marcada por estágios larvais e metamorfose que podem ser diretas ou indiretas são Hemetábolo,Ametábolo ou Hemimetábolo. A respiração é traqueal e o sistema nervoso, é feito por gânglios,  alguns exemplos de artrópodes insectas: Borboletas, Gafanhotos,Joaninhas, Mosquitos, etc...


 

Classe Quelicerados: Com 4 pares de patas e corpo dividido em cefalotórax e abdome. O sistema digestivo é completo, sistema circulatório aberto e respiração traqueal ou filotraqueal – quando há uma abertura ventral no abdome, que se comunica com os pulmões foliáceos. A excreção se dá por meio de tubos de Malpighi ou por glândulas coxais. São, na maioria dos casos, dioicos com fecundação interna. Exemplos: aranhas, carrapatos, ácaros, escorpiões, etc...




 - Classe Crustácea: Possuem 5 ou mais pares de patas, 2 pares de antenas e corpo dividido em cefalotórax e abdome. A boca é ventral e possui mandíbulas. Tubo digestivo completo com algumas glândulas anexas, como o hepatopâncreas. Coração dorsal curto e artérias, com hemolinfa circulando, nem sempre, no interior dos vasos (circulação aberta ou lacunar). Sistema excretor com um par de glândulas verdes; aparelho respiratório braquial; pelos tácteis e sistema nervoso ganglionar. Exemplos: lagostas, camarões, siris, caranguejos, etc.



- Classe Quilópode: 15 ou mais pares de patas; trocas gasosas efetuadas por um sistema de traqueias; túbulos de Malpighi. Corpo dividido em cabeça e tronco articulado. São carnívoros. Exemplos: centopéias e lacraias.




- Classe Diplópode: Possuem de 18 a mais de 750 pares de patas. São dotados de um par de antenas curtas e um par de mandíbulas. São dióicos e a reprodução é sexuada. Exemplos: piolhos de cobra.