quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Pteridófitas

 

Os registros fósseis indicam que essas plantas já eram comuns desde o período Carbonífero, há cerca de 360 milhões de anos. No Carbonífero superior, a vegetação da Terra era em grande parte dominada por pteridófitas de grande porte. Estas chegavam a medir cerca de 8 metros de altura, assemelhando-se a árvores.

Atualmente, existem cerca de 11.000 espécies de pteridófitas; a grande maioria ocorre em regiões tropicais. Porém, existem algumas espécies que habitam regiões temperadas ou semidesérticas. Muitas espécies são epífitas, ou seja, crescem sobre outras plantas, porém, não se alimentam dos tecidos ou da seiva de seu hospedeiro. Existem desde espécies muito pequenas até algumas que chegam a atingir mais de 20 metros de comprimento, cujas folhas possuem mais de 5 metros!

As pteridófitas são as primeiras plantas a apresentar tecidos especializados na condução de água e nutrientes. Ou seja, diferentemente das briófitas, as pteridófitas são plantas vasculares. Existem vasos especializados em conduzir a água e os sais minerais, chamados de xilema (ou lenho), e outros que conduzem a seiva elaborada, o floema (ou líber). A presença de vasos condutores permite que a água e os nutrientes sejam transportados de maneira eficiente por longas distâncias. Esta característica permite que elas atinjam tamanhos muito maiores do que os musgos.

O corpo das pteridófitas já apresenta a diferenciação em raiz, caule e folhas. As raízes formam o sistema radicular, responsável por fixar a planta ao substrato e pela absorção de água e nutrientes.

O caule sustenta o corpo vegetal e realiza o transporte de substâncias entre raízes e folhas e vice-versa. Em muitas espécies, o caule cresce abaixo da superfície do solo, ou seja, é um tipo de caule subterrâneo chamado de rizoma. Em outras espécies, o caule é aéreo e pode atingir vários metros de altura.

As folhas muitas vezes são divididas em pequenas partes, chamadas de folíolos. As pteridófitas não possuem flores, frutos ou sementes.


 

 

Reprodução: As pteridófitas são as plantas vasculares pequenas e sem sementes, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, vivendo em lugares úmidos e sombreados, atualmente divididas em quatro Filos: Psilophyta, Lycophyta, Sphenophyta e Pterophyta (o filo das samambaias).

A estrutura reprodutiva destes vegetais apresenta vários arquegônios contendo a oosfera (gameta feminino), e os anterídios produzindo os anterozóides multiflagelados (gametas masculinos). 

Em condições adequadas, as paredes do anterídio se rompem, liberando os anterozóides que nadam até o arquegônio, penetrando por um canal, atingindo a oosfera (este mesmo processo também ocorre nas briófitas).

O zigoto germina sobre a planta-mãe, dando origem ao esporófito dominante, que possui esporos contidos nos esporângios reunidos em soros. Esses esporos, ao germinarem, darão origem a uma nova planta-mãe (o gametófito denominado de protalo).

Pteridófitas

 

Os registros fósseis indicam que essas plantas já eram comuns desde o período Carbonífero, há cerca de 360 milhões de anos. No Carbonífero superior, a vegetação da Terra era em grande parte dominada por pteridófitas de grande porte. Estas chegavam a medir cerca de 8 metros de altura, assemelhando-se a árvores.

Atualmente, existem cerca de 11.000 espécies de pteridófitas; a grande maioria ocorre em regiões tropicais. Porém, existem algumas espécies que habitam regiões temperadas ou semidesérticas. Muitas espécies são epífitas, ou seja, crescem sobre outras plantas, porém, não se alimentam dos tecidos ou da seiva de seu hospedeiro. Existem desde espécies muito pequenas até algumas que chegam a atingir mais de 20 metros de comprimento, cujas folhas possuem mais de 5 metros!

As pteridófitas são as primeiras plantas a apresentar tecidos especializados na condução de água e nutrientes. Ou seja, diferentemente das briófitas, as pteridófitas são plantas vasculares. Existem vasos especializados em conduzir a água e os sais minerais, chamados de xilema (ou lenho), e outros que conduzem a seiva elaborada, o floema (ou líber). A presença de vasos condutores permite que a água e os nutrientes sejam transportados de maneira eficiente por longas distâncias. Esta característica permite que elas atinjam tamanhos muito maiores do que os musgos.

O corpo das pteridófitas já apresenta a diferenciação em raiz, caule e folhas. As raízes formam o sistema radicular, responsável por fixar a planta ao substrato e pela absorção de água e nutrientes.

O caule sustenta o corpo vegetal e realiza o transporte de substâncias entre raízes e folhas e vice-versa. Em muitas espécies, o caule cresce abaixo da superfície do solo, ou seja, é um tipo de caule subterrâneo chamado de rizoma. Em outras espécies, o caule é aéreo e pode atingir vários metros de altura.

As folhas muitas vezes são divididas em pequenas partes, chamadas de folíolos. As pteridófitas não possuem flores, frutos ou sementes.


 

 

Reprodução: As pteridófitas são as plantas vasculares pequenas e sem sementes, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, vivendo em lugares úmidos e sombreados, atualmente divididas em quatro Filos: Psilophyta, Lycophyta, Sphenophyta e Pterophyta (o filo das samambaias).

A estrutura reprodutiva destes vegetais apresenta vários arquegônios contendo a oosfera (gameta feminino), e os anterídios produzindo os anterozóides multiflagelados (gametas masculinos). 

Em condições adequadas, as paredes do anterídio se rompem, liberando os anterozóides que nadam até o arquegônio, penetrando por um canal, atingindo a oosfera (este mesmo processo também ocorre nas briófitas).

O zigoto germina sobre a planta-mãe, dando origem ao esporófito dominante, que possui esporos contidos nos esporângios reunidos em soros. Esses esporos, ao germinarem, darão origem a uma nova planta-mãe (o gametófito denominado de protalo).

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Gimnospermas



Gimnospermas (do grego gymnos = nu; e sperma = semente) é uma subdivisão do Reino Plantae, cujas plantas são vasculares, contudo não possuem sementes contidas em frutos (as sementes nuas). Sendo essa uma das características fundamentais ao grupo durante a evolução, apresentando estruturas produtoras de gametas bem visíveis (fanerógamas), possibilitando a partir de então a conquista definitiva do ambiente terrestre, sem a necessidade de água como meio intermediador para fecundação dos gametas. 

Portanto, a semente é uma estrutura reprodutiva que se forma a partir do desenvolvimento do óvulo (modificação vegetal – uma folha fértil), as primeiras traqueófitas a manifestarem essa condição. 

Assim, a planta propriamente dita é o esporófito, geração predominante sobre o gametófito, que é menor e cresce dentro do esporófito, formando elementos que reunidos em uma estrutura denomina estróbilo (femininos e masculinos). 

Os Estróbilos masculinos são chamados de microsporângios, que por meiose produzem os micrósporos (esporos haplóides), passando por divisão mitótica, originando o gametófito masculino (grão de pólen). Da mesma forma ocorre com os estróbilos femininos, porém, recebendo a seguinte denominação: megasporângio, resultante nos megásporos, formando o gametófito feminino (óvulo, contendo a oosfera). 


Reprodução: Os gametas se encontram por meio da polinização, principalmente proporcionada pelo vento, transportando o grão de pólen até o óvulo, emitindo um tubo polínico conduzindo o núcleo espermático que irá fecundar a oosfera. 

Depois da fecundação forma-se o zigoto, dividindo-se por mitose, dando origem ao embrião que se desenvolverá em um novo esporófito, inicialmente com estruturas primárias: com uma radícula, um caulículo e gêmulas. 

Esse grupo é subdividido em quatro divisões: Coniferophyta (coníferas), Cycadophyta (cicas), Gnetophyta (gnetófitas) e Ginkgophyta (gincófitas).


As angiospermas são as plantas de maior ocorrência em nosso planeta, apresentando-se nos mais diversos tamanhos, formas e ambientes. Diferentemente das gimnospermas, são dotadas de flores e frutos. Esta primeira estrutura abriga os elementos relacionados à reprodução sexuada e outras estruturas, a seguir:





- Gineceu (sistema reprodutor feminino):



- Androceu (sistema reprodutor masculino):
O pedicelo é responsável pela sustentação da flor ao caule e o receptáculo é a estrutura que prende as sépalas. Estas, em conjunto, são denominadas cálice; e o conjunto de pétalas é a corola. 

Na região terminal dos estames há as anteras: estruturas que abrigam o pólen. Já na região basal do gineceu, localiza-se o ovário da flor. 
Reprodução: As cores atrativas das pétalas, o cheiro da flor e a presença de néctar permitem com que insetos, aves e morcegos se aproximem destas estruturas. Desta forma, tais indivíduos são capazes de propiciar a polinização, ao levarem os polens até o estigma. Após este evento, o óvulo fecundado transforma-se em semente; e as paredes do ovário, em fruto. 

Ao envolver as sementes, os frutos protegem estas estruturas, permitindo com que a dispersão destas aconteça de forma mais eficiente. Por serem base para a alimentação de diversos animais, estes podem também facilitar este processo. 

Estas duas características, aliadas ao surgimento do sistema de vasos condutores, são os três grandes fatores que contribuíram para que este grupo vegetal fosse constituído, hoje, de mais de 235 mil espécies, em todo o planeta.


Briófitas

Briófitas pertencem ao reino Plantae e, desta forma, são eucariontes, fotossintetizantes e multicelulares. Estes organismos não possuem vasos condutores de seiva, nem estruturas rígidas de sustentação, justificando seu pequeno porte. Assim, o transporte de substâncias se dá por difusão e ocorre de forma lenta.
São encontradas predominantemente em ambientes úmidos, porém podem ser vistas em água doce, em locais extremamente secos ou mesmo nos polos da Terra. Estão divididas em três filos: Bryophyta, Hepatophyta e Anthocerophyta; sendo os indivíduos do primeiro os mais conhecidos por nós.
A parte permanente das briófitas é o gametófito (n). O esporófito (2n) depende deste último para sua nutrição, e não perdura por muito tempo.

Reprodução: As briófitas dependem da água para a reprodução sexuada. Nesta situação, os gametas masculinos (anterozóides) se deslocam, com auxílio de seus flagelos, até os gametas femininos da planta (oosfera). Ao fecundar, o zigoto sofre mitoses e forma um embrião.
O embrião se desenvolve por meio de novas mitoses e dá origem ao esporófito. Em sua cápsula, desenvolvem-se esporos, a partir de meioses sofridas pelas células-mães. Estes são liberados após certo período, e o esporófito morre.
Encontrando condições propícias, os esporos desenvolvem-se, formando protonemas. Estes crescem e dão origem ao musgo adulto que, mais tarde, dará continuidade a este ciclo.

 
Briófitas podem, ainda, se reproduzirem por fragmentação, na qual fragmentos de um indivíduo dão origem a outros gametófitos; ou por meio de propágulos: estruturas que se formam no interior de conceptáculos e que depois se desprendem, e se desenvolvem no solo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Introdução à botânica

Botânica

¨A Botânica é a ciência que estuda as plantas

Botânica é o estudo da fisiologia, morfologia, ecologia, evolução, anatomia, classificação, doenças, distribuição, dentre outros aspectos das plantas. Esta ciência foi reconhecida como tal em 1979, juntamente com os cursos de Biologia.

A história desta área das ciências naturais nos remete a um passado bem longínquo: sabe-se, por exemplo, que no ano 370 antes de Cristo, um filósofo grego chamado Teofrastus, discípulo de Aristóteles - este que havia classificado as plantas em “com flores” e “sem flores” - escreveu dois tratados: "Sobre a História das Plantas" (Historia Plantarum) e "Sobre as Causas das Plantas".

O alemão Otto Brunfels, no século 16, publicou uma obra denominada Herbarium, com informações precisas sobre algumas espécies de plantas e, dois séculos depois, o botânico sueco Lineu propôs a nomenclatura binomial para identificação, também, deste reino vivo. Seu sistema de classificação era baseado na posição e número de estames na flor. Ambos são considerados como os pais da botânica científica.

Eicher, mais tarde, propôs a subdivisão do Reino Plantae em criptógamas e fanerógamas: plantas sem e com flores, respectivamente. Outro cientista, Engler, propôs a classificação entre talófitas e cormófitas, sendo estas últimas as que possuem raiz, caule e folhas. Atualmente, com o advento da filogenia e avanço da Biologia Molecular, outras formas de classificação vêm sendo propostas.

Em nosso país, o estudo dos vegetais foi impulsionado pela chegada da corte portuguesa, tendo como conseqüência a criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1808, por D. João VI.

Desenvolvimento ao estudo
Botânica é o estudo científico da vida das plantas, fungos e algas. Como um campo da biologia, é também muitas vezes referenciado como a Ciência das Plantas ou Biologia Vegetal. A Botânica abrange uma miríade de disciplinas científicas que estudam crescimento, reprodução, metabolismo, desenvolvimento, doenças e evolução da vida das plantas.
Plantas, também chamadas de Embriófitas, são seres vivos fotossintetizantes que possuem embriões multicelulares envolvidos por material materno e estágio sexuado em alguma parte do ciclo de vida. Distintas dos demais seres vivos por seu ciclo de vida mais que pela fotossíntese (algumas espécies são heterotróficas secundárias, sem pigmentos verdes). Adaptadas basicamente para a vida na terra. Composta de dois grupos informais: avasculares e vasculares, sendo o último subdividido em plantas sem e com sementes. As plantas com sementes podem ainda formar ou não flores. Todas as células das plantas possuem plastídeos que quando expostos à luz podem converter-se em cloroplastos.
Dia nacional da Botânica - 17 de Abril
O dia é dedicado ao botânico alemão Cari Friedrich Phillipp von Martius, consagrado o "Pai das Palmeiras" no Brasil. Um dos naturalistas mais famosos do século XIX, von Martius nasceu no dia 17 de abril de 1794 e chegou ao Brasil no dia 15 de julho de 1817, como parte de uma comitiva de intelectuais que acompanhava dona Leopoldina, esposa de dom Pedro I. Em três anos de estudos, ele explorou 12 mil espécies da flora brasileira. Até a data de sua morte, foram catalogadas 300 mil espécies do mundo inteiro, sendo a metade existente na bacia Amazônica. Phillipp von Martius morreu em 1868. O decreto que instituiu uma homenagem a ele também declarou a carnaúba, considerada a palmeira brasileira, como planta-símbolo do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.
Perguntas e respostas
Pergunta:
Como se estima o período de vida das plantas?
Resposta:
Para cada planta é feito um estudo para obter o seu tempo de vida.Esse trabalho é realizado por botânicos que possuem projetos a longo prazo e que necessitam de muito tempo para a investigação nos locais em que a planta vive e através de registros fósseis.
Pergunta:
Por quê não devemos acabar com um elemento seja animal,planta,ou qualquer outro que faça parte de um ecossistema?
Resposta:
Um ecossistema é um sistema fechado,interdependente,ou seja,tudo depende um do outro,se acabarmos com um elemento haverá um efeito na cadeia que prejudicará todos os outros,destruindo algum ou todo o ecossistema.Os animais e os humanos tem o seu nicho* ecológico, que é apel deles com o ambiente à sua volta.Exemplo,se um animal se extigue,o ambiente se desequilibra,seus caçadores não terão o que comer,suas presas irão se multiplicar agora que não tem quem as devore,seus excrementos fariam falta para nutrir o solo,no caso de uma abelha,não haveria polinização,enfim,sua função e utilidade é sem dúvida,, necessária para um ecossistema equilibrado.
Nota: * Espaço ocupado por uma espécie num ecossistema.
OS SERES VIVOS
MAMÍFEROS"Animais com glândulas mamárias"
 
Com a extinção dos dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos, o rumo da evolução foi modificado, abrindo caminho para a multiplicação da classe mais evoluída de vertebrados, os mamíferos (possuidores de mamas.

Durante toda a era dos répteis, pequenos mamíferos conviveram com os dinossauros. Os espaços vazios que eles podiam ocupar eram muito poucos, pois os habitats terrestres estavam cheios de grandes répteis. Somente após o desaparecimento dos dinossauros, os mamíferos puderam, enfim, apossar-se dos locais que ficaram vazios. Assim, eles conseguiram evoluir e aumentar, progressivamente, o número de espécies até chegar à grande diversidade que hoje conhecemos. Na verdade, se os dinossauros não tivessem sido extintos, os mamíferos não teriam tomado posse da Terra e, provavelmente, os seres humanos não teriam existido.

HABITAT
Os mamíferos são animais que vivem nos mais variados locais da Terra, desde as regiões tropicais aos polos, e desde os mares até os desertos mais secos e as florestas mais densas. Eles dominam os habitats terrestres do nosso planeta. Existem, também, representantes marinhos (baleia, golfinhos, foca, leão-marinho) e de água doce (peixe-boi).

MODO DE VIDA
Assim como as aves, os mamíferos também conseguem viver em locais muito quentes ou muitos frios. Isso ocorre, porque eles podem manter a temperatura do seu corpo constante (homotérmicos). Assim, eles se mantêm em atividade durante as estações frias, desde que tenham alimento suficiente para poderem sobreviver. Para resistirem à falta de comida nas estações mais frias do ano, muitas espécies hibernam. Como exemplos, temos os morcegos de regiões temperadas e pequenos roedores, como os esquilos-do-chão, as marmotas e os arganazes. Durante a hibernação, o coração desses animais bate 5 a 6 vezes por minuto, e o ritmo respiratório é muito lento. A temperatura do corpo diminui muito, ficando em torno de 5°C. Nesse período, o animal utiliza a gordura acumulada para obter seu combustível.

Muitos pensam que os ursos também hibernam. Estes animais se mantêm ativos durante o inverno, embora durmam por longos períodos. Isto não caracteriza uma hibernação, pois a temperatura deles diminui muito pouco.


MAMÍFEROS, Leão MAMÍFEROS, Elefante

ESTRUTURA DO CORPO
O termo mamífero (do latim mamma = mama; e feros = portador) refere-se às glândulas mamárias, presentes nas fêmeas, que fornecem o leite para alimentar os filhotes. Esta é a principal característica desses animais. Eles ainda têm outras características que nenhum outro animal possui:
- pêlos recobrindo o corpo;
- desenvolvimento do filhote dentro do útero;
- presença de placenta: um órgão através do qual o filhote recebe os nutrientes da mãe;
- presença de um músculo respiratório, chamado diafragma, que determina os movimentos dos pulmões durante a respiração.

FUNÇÕES VITAIS
Digestão:

Os mamíferos possuem hábitos alimentares, que estão relacionados com o seu modo de vida. Muitos são herbívoros, como o boi, o carneiro, o cavalo, o elefante; outros são carnívoros, como o leão, o lobo, a raposa, a onça, o cão. Existem ainda insetívoros, como os musaranhos, a toupeira; e os onívoros, que se alimentam de carne e também de plantas, como é o caso do homem.

Depois de mastigados e insalivados na boca, os alimentos são engolidos e levados até o estômago. Ao passarem por várias transformações, seguem do estômago para o intestino delgado, onde os nutrientes passam para o sangue, através das paredes deste órgão. Assim, as substâncias nutritivas podem ser distribuídas pelo corpo do animal. Os resíduos dos alimentos seguem para o intestino grosso, que absorve a água e forma as fezes, que são mandadas para fora do corpo pelo ânus.

Respiração:
Os mamíferos possuem respiração exclusivamente pulmonar. O sistema respiratório deles é formado pelos pulmões e pelas vias respiratórias (fossas nasais, faringe, laringe, traquéia e brônquios). Os movimentos de entrada do ar (inspiração) e saída (expiração) são controlados por um músculo que separa o tórax do abdômen: o diafragma.

Circulação:

O sistema circulatório dos mamíferos é formado pelo coração e vasos sanguíneos (artéria, veias e capilares). O coração possui quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos, como ocorre nas aves. O sangue carregado de oxigênio (arterial) circula pela metade esquerda do coração, enquanto o sangue rico em gás carbônico (venoso) circula pela metade direita. Portanto, não ocorre a mistura de ambos.

Excreção:
O sistema urinário dos mamíferos é formado por dois rins e pelas vias urinárias (ureteres, bexiga e uretra). Os rins são órgãos que funcionam como filtros. Sua função é a retirada de resíduos do sangue para a formação da urina, que fica armazenada na bexiga. A saída da urina ocorre pela uretra.

Muitos mamíferos marcam seu território, com a eliminação da urina. Os odores deste líquido podem conter muitas informações, como a idade e o sexo do animal. Também podem servir de aviso para que outros indivíduos fiquem longe do território delimitado.

Reprodução:
Quase todos os filhotes de mamíferos nascem diretamente do corpo da mãe e em estágio avançado de desenvolvimento, ou seja, já nascem com a forma semelhante à que terão quando forem adultos. Enquanto o filhote está se desenvolvendo dentro do útero materno, recebe nutrientes e oxigênio, através da placenta. Estas substâncias, necessária à sua sobrevivência, chegam ao feto pelo cordão umbilical.

Nem todos os mamíferos possuem placenta. Como exemplo, podemos citar o ornitorrinco e a équidna, pertencentes a um grupo de mamíferos que põem ovos. Um outro caso especial é o grupo dos cangurus. As fêmeas destes animais possuem uma bolsa chamada marsúpio, onde o filhote fica protegido desde o seu nascimento até o seu completo desenvolvimento.
O tempo de gestação dos mamíferos é bastante variado. Observe a tabela abaixo:

MAMÍFEROS
TEMPO DE GESTAÇÃO
elefanta
22 meses
égua
12 meses
mulher
9 meses
cadela
2 meses
coelha
1 mês

OS SENTIDOS DOS MAMÍFEROS
O grande aumento do cérebro e a manutenção constante da temperatura dos mamíferos permitiram que eles se tornassem ágeis e inteligentes. Como estes animais possuem o sistema nervoso mais desenvolvido do que o dos demais vertebrados, é de se esperar que os órgãos dos sentidos deles também sejam mais eficientes.

Para que possam perceber o que acontecem ao seu redor, os mamíferos são dotados de cinco sentidos: visão, audição, olfação, gustação e tato. No entanto, nem todos os sentidos são igualmente desenvolvidos. Cada espécie desenvolve seus órgãos dos sentidos, de acordo com a sua necessidade de sobrevivência. Os cães, por exemplo, têm o olfato muito desenvolvido. Eles distinguem o seu dono pelo cheiro. Outros mamíferos enxergam e ouvem muito bem, como é o caso do gato, da onça, do tigre, animais predadores muito espertos.

Os mamíferos também podem demonstrar sensações de tristeza, quando morre um parente próximo.

CLASSIFICAÇÃO
A classe dos mamíferos compreende várias ordens, divididas, de acordo com as semelhanças que possuem:

MONOTREMOS - São os mamíferos mais primitivos. Como representantes desta ordem, temos o ornitorrinco e a équidna, encontrados na Austrália, Nova Zelândia e ilhas próximas. Os monotremos são os únicos mamíferos ovíparos. Eles possuem bico e suas patas são semelhantes às patas do pato. As glândulas mamárias da fêmea não possuem mamilos. Assim, o filhote se alimentado leite que escorre pelos pêlos da mãe. Na fase adulta, estes animais comem uma grande quantidade de minhocas.
MARSUPIAIS - As fêmeas destes mamíferos possuem uma bolsa no ventre, conhecida como marsúpio, onde estão os mamilos. Os filhotes de marsupiais nascem num estágio muito precoce, com aproximadamente 5 cm. Depois do nascimento, eles se encaminham para a bolsa (marsúpio) da mãe, onde se alimentam e completam o seu desenvolvimento. Como exemplo, temos o canguru, encontrado na Austrália; o coala, que vive na Austrália e também em regiões da Ásia; o gambá e a cuíca, que vivem no continente americano, inclusive no Brasil.
DESDENTADOS - São mamíferos que possuem dentes reduzidos, desprovidos de raiz e esmalte. Esta ordem inclui o tamanduá (único sem dentes), o tatu e a preguiça, encontrados no Brasil. A preguiça-de-coleira, o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra e o tatu-bola são espécies brasileiras a ameaçadas de extinção.
ROEDORES - Estes mamíferos possuem dois pares de dentes incisivos (dentes da frente) bem desenvolvidos. Um par situa-se no maxilar superior e o outro no maxilar inferior. Estes pares de dentes crescem continuamente, pois são desgastados à medida que o animal vai roendo as cascas dos ramos das plantas. Os roedores não possuem dentes caninos (presas), mas têm molares para a trituração do alimento. Como exemplos, temos o rato, o camundongo, a capivara (o maior roedor do mundo), o esquilo, a marmota e o castor. Estes animais servem de alimento para muitas aves, répteis e mamíferos carnívoros.
LOGOMORFOS - São mamíferos que apresentam características semelhantes aos roedores. Eles possuem dois pares de dentes incisivos no maxilar superior e apenas um par de incisivos no maxilar inferior. Pertencem a esta ordem o coelho e a lebre, que são mamíferos herbívoros. Estes animais se adaptam muito bem a qualquer habitat que lhes ofereça erva para se alimentar e solo onde possam abrir tocas.
QUIRÓPTEROS - São os únicos mamíferos voadores. Estes animais caracterizam-se por possuírem os membros anteriores transformados em asas, que lhes possibilitam o voo. Incluem-se nesta ordem os morcegos. Os quirópteros se alimentam de insetos, peixes, sangue (hematófagos), néctar das flores e frutas.
CETÁCEOS - São mamíferos marinhos que possuem o corpo semelhante ao de um peixe. Eles apresentam os membros anteriores transformados em nadadeiras, que lhes fornecem direção e estabilidade durante a sua movimentação na água. Também possuem uma poderosa cauda, que os impulsiona quando estão em movimento. Como exemplos, temos as baleias, os golfinhos e os botos. A baleia-azul, que pode atingir 30m de comprimento e 135 toneladas, é o maior animal existente na Terra.
SIRÊNIOS - São mamíferos que podem viver em água doce ou salgada. Estes animais têm algumas características semelhantes às dos cetáceos, pois possuem os membros anteriores desenvolvidos em nadadeiras e uma cauda larga, usada para a sua impulsão na água. No Brasil, o representante desta ordem é o peixe-boi do Amazonas, um simpático mamífero que está ameaçado de extinção.
CARNÍVOROS - São mamíferos que possuem dentes caninos muito desenvolvidos e os molares modificados para cortar o alimento. Estes animais têm o olfato e a audição bem desenvolvidos, para poderem encontrar as suas presas. Os representantes mais conhecidos são o gato, leão, lobo, cão, foca, urso, leão-marinho, entre outros.
PROBOSCÍDEOS - Nesta ordem, estão incluídos o elefante indiano (Elephas), que pode ser visto nos circos; e o elefante africano (Loxodonta), que é o mais agressivo e possui orelhas enormes. A principal característica desses animais é a presença do nariz e parte do lábio superior alongados, em forma de tromba ou proboscide longa e flexível, que funciona como mão. Esses animais possuem dentes incisivos superiores muito desenvolvidos (presas de marfim). Por este motivo, esses grandes mamíferos se tornaram alvo de caçadores e ladrões. O elefante africano é o maior animal terrestre.
PERISSODÁCTILOS - São considerados mamíferos que possuem dedos ímpares e se apoiam sobre cascos. Por este motivo, são chamados de ungulados (com casco). Como exemplos, temos o cavalo, a anta, a zebra e o rinoceronte. A anta é o maior mamífero terrestre da fauna brasileira.
ARTIODÁCTILOS - Estes mamíferos também são ungulados. No entanto, eles possuem um número par de dos (2 ou 4). Entre os artiodáctilos, encontramos os ruminantes, como o boi, o carneiro, o búfalo, o camelo e a girafa. Eles possuem o estomago dividido em quatro partes: pança, barrete, folhoso e coagulador. Há aqueles que não são ruminantes, como o porco, o hipopótamo e o javali.
PRIMATAS - São mamíferos superiores que se caracterizam por apresentarem membros alongados, e mãos e pés com cinco dedos providos de unha. Nas mãos dos primatas, o dedo polegar fica numa posição oposta aos outros dedos Esta característica permite que eles tenham maior habilidade no manuseio dos objetos. Na ordem dos primatas, temos os vários tipos de macacos (gorila, chimpanzé, orangotango, gibão) e o homem.

Os Mamíferos da Antártica:

Ao contrário do Ártico, onde existem mamíferos terrestres, na Antártica, os mamíferos vivem no mar e estão agrupados em duas ordens: Pinnipedia (focas e lobos-marinhos) e Cetacea (baleias, botos e golfinhos).

Os cetáceos, que parecem ter derivado de algum ancestral primitivo que abandonou a terra, sofreram diversas adaptações morfológicas e fisiológicas que lhes permitiram viver no meio aquático. Seus corpos perderam o pêlo e tornaram-se torpediformes para facilitar a natação. A diminuição do peso, devido ao empuxo, teria permitido que eles atingissem as grandes dimensões observadas, como ocorre com a baleia-azul, com até 32 metros de comprimento e 165 toneladas. A baleia-azul possui coloração azul-acinzentada, num tom que varia de indivíduo para indivíduo.

O cachalote é, provavelmente, o mais conhecido dentre os cetáceos, popularizado pelo livro Moby Dick, publicado pelo escritor norte-americano Herman Melville, em 1851. Possui como característica marcante o formato retangular da cabeça, desproporcionalmente maior que a mandíbula. Podem mergulhar a grandes profundidades, cerca de 2.000 metros no caso de grandes machos, para buscar suas presas, principalmente, as lulas gigantes, que podem chegar a 18 metros, considerando a cabeça e os tentáculos. A duração do mergulho pode durar mais de 45 minutos. Podem atingir 20 metros de comprimento, 38 toneladas e 50 anos de idade.

As grandes baleias, geralmente, realizam migrações movidas por duas necessidades vitais da espécie: alimentação e reprodução. No verão, vão para os polos à procura do alimento abundante, acumulando grande quantidade de gordura em alguns meses. Com a chegada do inverno polar, as grandes baleias, geralmente, deslocam-se em direção ao Equador, em busca de águas mais quentes e de clima menos rigoroso, para o acasalamento e para criar seus filhotes. O período de amamentação dura, pelo menos, sete meses, com a mãe se dedicando integralmente ao filhote. O leite materno é muito nutritivo, rico em proteínas e calorias e um filhote de baleia-azul, que nasce com 5 toneladas, ingere quase 600 litros diários de leite, podendo dobrar seu peso em uma semana.

Durante o período migratório e nas águas de reprodução e cria, as grandes baleias alimentam-se muito pouco. Como as estações do ano são invertidas nos dois hemisférios da Terra, as populações de baleias possuem períodos migratórios opostos e, como consequência, as baleias do Norte não se encontram com as baleias do Sul.

A ordem Pinnipedia, grupo de mamíferos aquáticos que tem os quatro membros, com os dedos unidos por membranas, possui duas famílias na Antártica: a Otariidae, com 14 espécies, entre as quais os lobos-marinhos (focas-de-pêlo) e os leões-marinhos e a Phocidae, com 18 espécies em todo mundo, dentre as quais a foca-de-weddell e o elefante-marinho.

Todos os pinípedes são altamente adaptados à vida aquática e, ao contrário dos cetáceos, necessitam retornar à terra ou ao gelo flutuante para descansar e procriar.

O lobo-marinho ou foca-de-pêlo é o único representante da família Otariidae que habita a Antártica. Anda sobre as suas quatro nadadeiras, com o tórax levantado, balançando, mas é muito veloz mesmo sobre pedras e rochas. Tem orelhas pequenas, mas bem visíveis. Vivem em pequenos grupos familiares e atacam o homem enquanto têm cria.

A família Phocidae possui cinco representantes na região antártica. Ocupam as praias continentais e ilhas subantárticas e, no inverno, distribuem-se sobre as banquisas, "pack-ice". Esses representantes são a foca-de-Weddell, a foca-leopardo, a foca-caranguejeira, a foca-de-Ross e o elefante-marinho e possuem mecanismos de alimentação diferentes.

Já os elefantes-marinhos são caracterizados pelo seu tamanho. Um macho adulto, que possui uma espécie de tromba, chega a medir 6 metros de comprimento e pesar 4 toneladas. Passam a maior parte do inverno no mar e só retornam aos locais de acasalamento no começo de setembro. As fêmeas atingem até 3,5 metros e são atraídas pelos machos sexualmente maduros, que mantêm haréns de 5 a 30 fêmeas e lutam para defendê-las de outros machos. Os filhotes nascem em outubro e pesam de 40 a 50 quilogramas. Os elefantes-marinhos movem-se como lagartas, rastejando pelo chão. Na água, movem-se com agilidade e mergulham por longos períodos para se alimentar, principalmente, de lulas (75%) e peixes (25%).

FONTES: UFSM, Base de dados do Portal Brasil e "Os seres vivos".
OS SERES VIVOS
AS AVES"Vertebrados que podem voar"

Assim como os mamíferos, as aves são descendentes dos répteis. O arqueópterix é o mais antigo fóssil conhecido de ave e data de aproximadamente 140 milhões de anos atrás.

O arqueópterix era um pouco maior que uma pomba e possuía cauda longa, percorrida pela coluna vertebral, como os répteis. Também possuía mandíbulas ósseas com dentes, como os répteis. Mas tinha a mais marcante característica das aves: as penas. Tinha três dedos com garras nas asas.

Há cerca de 65 milhões de anos, com a extinção da maioria dos répteis, como os dinossauros, houve uma grande diversificação das aves, que passaram a povoar mais amplamente os diversos ambientes terrestres.

Como evidência encontrou-se perto de Solnhofen, região da Bavária, na Alemanha, um fóssil de Archaeopteryx lithographica, do tamanho de um pombo. No Cretáceo havia aves com dentes, em Kansas e Montana, EUA, foi encontrado Hesperornis sp. com cerca de 1,5m de comprimento. Originaram-se de répteis delgados de cauda longa e bípedes, que corriam rapidamente. As penas assim como as escamas dos répteis tem um crescimento inicial igual.

No início apareceram escamas móveis, antes da endotermia e sem relação com o voo. Acredita-se que o voo teve início a partir de barrancos, montanhas e sobre a vegetação quando corriam em alta velocidade, penetrando em um nicho aéreo pouco explorado. O voo planado inicialmente requereu a endotermia. Para o voo houve a necessidade da redução do peso corporal, com os ovos se desenvolvendo fora do corpo materno, perda de bexiga na maioria das espécies, aeração e reforço dos ossos. A visão seguido da audição foram os sentidos que mais se desenvolveram. A grande mobilidade e necessidade de comunicação a grandes distâncias promoveram uma elaboração de voz, que varia de acordo as espécies.

Características gerais:

Corpo: Coberto com penas.

Dois pares de Extremidades: Anterior transformado em asas e posterior com pernas e pés, com 4 dedos, geralmente.

Esqueleto: Delicado, Forte e ossificado com ossos fundidos e aerados. Crânio com côndilo occipital. Pelve fundida a numerosas vértebras. Esterno grande geralmente com quilha mediana e com poucas vértebras caudais.

Coração: Com 4 câmaras ( 2 A + 2 V ) , persiste o arco aórtico sistêmico.

Respiração: Pulmões compactos presos às costelas e ligados a sacos aéreos.

Excreção: Rins metanéfricos, urina semi-sólida, ácido úrico e sem bexiga. A excreção é feita através de uma cloaca e ânus terminal.

Fecundação: Interna e Cruzada. Possui segmentação meroblástica.

Reprodução: Seres geralmente com dimorfismo sexual. Postura de ovos com casca calcária e necessidade de incubação. Cuidado parental com os filhotes, na maioria dos casos.

Nervos cranianos: Em doze pares.

Siringe: Caixa vocálica localizada na traquéia.

Bico: Substitui a boca, se projeta como bainha córnea.

Pescoço: Longo e flexível. Com as veias jugulares cruzadas.

Aparelho digestivo: Completo, apresentando uma moela onde o alimento é triturado .

Circulação: Fechada . Com sistema porta hepático e sistema porta renal reduzido.

Uropígio: Glândula responsável pela produção de substância oleosa para impermeabilizar e dar elasticidade para as penas.

Endotérmicas: Possuem temperatura corpórea estável.

MARICATA - Crédito/Foto: Fernando Toscano (www.portalbrasil.net) - Máquina Canon IS20X - Zoológico de Gramado (RS) TUCANO - Crédito/Foto: Fernando Toscano (www.portalbrasil.net) - Máquina Canon IS20X - Zoológico de Gramado (RS)

As aves são animais homotérmicos e ovíparos, pois botam ovos. As aves também têm dimorfismo sexual, ou seja, a aparência do macho é diferente da fêmea. Quando recém-nascidas elas têm o corpo nu, com pequenas plumas espalhadas pelo corpo.

As penas das asas são grandes, resistentes e têm a função de impulsionar a ave para o voo. Já as penas caudais ajudam no vôo. As penas aquecem o corpo das aves e têm grande importância, em algumas aves, no acasalamento.

As aves aquáticas têm na região caudal a glândula uropígio, que produz uma secreção oleosa para lubrificar as penas, ajudando assim a elas não encharcarem com a água. Os ossos das aves são pneumáticos, isto é, ossos ocos.

Os alimentos das aves são os mais variados: frutos, néctar, sementes, insetos, vermes, peixes, moluscos, e pequenos vertebrados.

Veja como é o sistema digestivo das aves:

- Bico: importante na captura e preparo de alimentos;
- Papo: onde se armazena e amolece o alimento antes de ir para o estômago químico;
- Estômago químico: onde se inicia a digestão;
- Moela: onde é triturado pelas contrações dos músculos;
- Cloaca: por onde sai os restos não triturados, misturados à urina.

Alimentação:


Frugívoros: De frutas. (Papagaio, tiriba, saíra, gaturamo, inhambu..)

Onívoros: Diversos tipos de alimentos. (Bem-te-vi, sabiá, pardal..)

Carnívoros: De carne vermelha e artrópodes.(Falcão, gavião, coruja..)

Piscívoros: De peixes. (Martim pescador, atobá..)

Necrófagos: De carniças. (Urubu, gaivotão..)

Insetívoros: De insetos. (Andorinha, pica-pau..)

Malacófago: De moluscos. (Caramujeiro..)

Nectarívoro: De néctar das flores. (Beija-flor..)

Fitófagos: De plantas. (Cigana..).

Importância das Aves:

Alimentando-se de Pragas: Exercem papel no controle biológico. Perdizes controlam insetos em lavouras e pastagens. O caracará é o principal predador de lagartas em lavouras.

Controle de ratos e cobras: Os gaviões, corujas são os consumidores habituais de ratos aos quais caçam dia e noite. A seriema e a ema têm fama de grandes comedoras de cobras.

Na limpeza da Natureza: Os urubus consomem rapidamente carcaças de animais mortos, inclusive em áreas urbanas.

Na polinização das flores: Principalmente os beija-flores têm o papel de perpetuamento de espécies de flores, sendo que a extinção de um acarreta a extinção de outro.

Dispersão de sementes: Muitas espécies de plantas tem suas sementes dispersas por aves como a Araucaria angustifolia (pinheiro-do-Paraná ) e a Myrsine sp (capororoca).

Fornecimento de adubo: As galinhas fornecem o esterco que é usado na agricultura. O andorinhão-de-coleira-falha pernoita no mesmo local acumulando grande quantidade de adubo que é usado por moradores da região. Diminuindo o uso de adubos químicos.

Fornecimento de alimento: Várias aves domésticas, como galinhas, perus, faisões, codornas e pombas são aproveitadas há anos na alimentação humana.

No lazer, Inspiração e beleza: Ao serem observadas transmitem a sensação de bem estar e harmonia, além de possuírem belos cantos. São motivos de inspiração para símbolos, músicas, poesias, trovas, fotografias, filmes, livros.Visando a observação de aves, em 1974, foi criado o COAS, Clube de Observadores de Aves, sendo fundado no Rio Grande do Sul, tendo a observação de aves como hobby e passatempo numa interação com a natureza.

Determinação do Sexo em Aves:

Determinar o sexo em aves é muito difícil, pois os filhotes raramente mostram uma morfologia ligada ao sexo, e estima-se que quando adultos, machos e fêmeas parecem idênticos em mais de 50% das aves do mundo. Isto se torna um problema para estudos evolucionários e para a criação assistida das aves.

Griffiths, da Universidade de Glasgow, no Reino Unido, desenvolveu um teste de DNA que ajuda a resolver este problema. Este teste consiste na identificação, em um indivíduo, de dois genes chamados CHD (cromo-helicase ligadora de DNA) conservados que estão localizados nos cromossomos sexuais de todas as aves (com a exceção para os ratitos). O gene CHD-W está presente no cromossomo W, único para fêmeas (ZW), e o gene CHD-Z é encontrado no cromossomo Z, que ocorre nos dois sexos (macho é ZZ).

Este é um teste simples, no qual o gene retirado de qualquer célula nucleada do indivíduo pode ser identificado. Após sua amplificação pela técnica do PCR (cadeia de reação da polimerase), com primers específicos desenvolvidos pelo pesquisador, ele é passado em um gel de eletroforese. Neste gel, as fêmeas apresentarão 2 bandas, correspondentes ao dois genes: CHD-W e CHD-Z, enquanto os machos apresentarão apenas a banda correspondente ao gene CHD-Z. Desta forma, a identificação do sexo das aves pode ser feita de forma simples, rápida e segura com a utilização deste teste.


As Aves Antárticas:

A fauna antártica, de modo geral, é caracterizada, basicamente, pela pequena variedade de espécies, grande número de indivíduos e pelo ciclo sucessivo de migração.

Na Antártica, existe uma pequena variedade de aves se comparadas, por exemplo, com as aves da Amazônia. Em contrapartida, as aves antárticas apresentam-se em quantidades muito superiores. Podem-se encontrar mais de 2 milhões de albatrozes de uma única espécie, reunidos num mesmo local, na época de procriação, ou mesmo colônias de pinguins com 1,5 milhões de indivíduos.

O reduzido número de espécies de aves deve-se à cadeia alimentar bastante simplificada, com poucas opções alimentares e a pouca disponibilidade de locais adequados à reprodução. O rigor do clima não é o fator principal para o reduzido número de espécies, já que existem imensas populações de aves de uma determinada espécie que, evidentemente, estão adaptadas às condições alimentares e de procriação disponíveis nas regiões antárticas.

As aves mais características da Antártica são os pinguins. São bastante adaptados à vida aquática. Suas asas transformaram-se em verdadeiros remos, nadam com bastante rapidez, atingindo velocidades de até 40 quilômetros por hora, chegando a mergulhar até 250 metros de profundidade, permanecendo submersos por até 18 minutos. No mar, avançam saltando para fora d'água como os golfinhos, para diminuir o atrito com a água e para respirar. A maior parte das espécies habitam regiões de água fria e, para reduzir a perda de calor, possuem uma grossa camada de gordura sob a pele e uma espessa proteção de penas. Sempre que retornam do mar, os pinguins fazem a impermeabilização de suas penas, que são untadas com óleo retirado de uma glândula especial. Esse procedimento, efetuado com o bico, confere um eficiente isolamento hídrico e térmico para enfrentar os rigores do clima.

Os pinguins possuem uma grande capacidade de adaptação tanto à vida na terra quanto no mar. O branco de seu ventre ilude os predadores que vem de baixo, como as focas e as baleias, e o preto do dorso engana as aves de rapina, como as skuas e os petreis, que observam do alto. De todas as espécies de pinguins que habitam a Antártica, somente o pinguim-imperador e o pinguim-adélia nidificam no Continente Antártico. As demais espécies ocupam a Península Antártica e ilhas próximas e outras ilhas subantárticas.

Os seus principais predadores são as skuas que atacam os seus ninhos, "roubando" ovos e filhotes. Os ninhos vazios permanecem ocupados pelos pais, contribuindo para a proteção da colônia, revelando um elevado caráter de proteção de grupo. Assim procedendo, evitam que ninhos mais do interior da colônia sejam predados pelas skuas. No mar, são predados por algumas espécies de focas, que atacam tanto os filhotes quanto os adultos.

A skua, Catharacta skua, ou gaivota rapineira, é também uma das aves mais características da Antártica. Possui bico forte em forma de gancho e plumagem escura. Essas aves são bastante agressivas e defendem seu território contra todos os invasores, inclusive o homem, lançando-se em vôo rasante sobre ele. Possuem uma atração especial por ovos e pequenos filhotes de pinguins. As skuas vivem em casais e seus ninhos são covas construídas nos musgos, onde põem de um a dois ovos de um verde cinza-oliva com manchas escuras. Seus filhotes são de cor marrom acinzentado claro. Uma característica interessante dessas aves é que elas podem migrar para o Ártico, durante o inverno antártico. Em 1979, uma skua polar, anilhada para estudo, próxima à estação americana Palmer, foi encontrada seis meses depois por esquimós na Groenlândia, tendo percorrido 14 mil quilômetros.

Os petreis são aves meramente marítimas que, em período de procriação, procuram o Continente Antártico ou as suas ilhas. Existem nos mais variados tamanhos e suas narinas localizam-se na parte superior do bico. O petrel-gigante, Macronectes giganteus, possui envergadura de aproximadamente 2,10 metros. Seu corpo tem cerca de 90 centímetros. Geralmente são da cor marrom, com a cabeça um pouco mais clara. Certos exemplares têm coloração branca, com manchas pretas no corpo. Seus filhotes são da cor branca. Os petreis-gigantes alimentam-se de qualquer animal recentemente morto ou já em decomposição, mas também caçam, especialmente, pinguins.

A pomba-do-cabo, Daption capense, tem a cabeça negra e o dorso branco com numerosas pintas escuras. São localizadas, frequentemente, nas proximidades das embarcações, em grupos de muitos indivíduos. Fazem seus ninhos entre as rochas, nas saliências das escarpas à beira-mar e alimentam-se de peixes.

Já a pomba-antártica, Chionis alba, vive nas colônias de pinguins onde constrói seu ninho e alimenta-se, preferencialmente, das fezes de pinguins, ricas em proteínas. É inteiramente branca e o bico tem uma placa achatada, terminando numa ponta fina.

O biguá tem pescoço comprido e o bico recurvado é fino e longo. A coloração negra recobre o dorso, a cabeça e o bico, enquanto o ventre é inteiramente branco e os olhos azuis. A cor dos olhos faz com que seja chamado biguá-de-olhos-azuis, Phalacrocorax atriceps. Fazem seus ninhos em pequenos montes formados de lama, fezes, penas e restos de vegetais e são utilizados, todos os anos, pelos mesmos indivíduos daquela colônia.

Os trinta-réis são gaivotinhas ou andorinhas-do-mar. Têm corpo delicado com cerca de 38 centímetros de comprimento e são providos de um bico fino e pontudo. O trinta-réis antártico, Sterna vittata, alimenta-se de peixes, pescando-os em voo de queda livre. O trinta-réis do Polo Norte, Sterna paradisae, é um visitante do Ártico. Nidifica, exclusivamente, no Ártico e migra para a Antártica, fugindo dos rigores dos invernos polares, vivendo nos extremos do planeta, onde os dias são permanentes durante os verões, talvez seja o animal da Terra que mais vê a luz solar.

C U R I O S I D A D E S:

  • A Ema é a maior ave sul-americana, pesa mais de 35Kg. Seus ovos de 14x8 pesam 700g. Essa espécie tem a ninhada com cerca de 40 ovos, que incubam em 42 dias.
  • Muitos pensam que as penas das aves servem apenas para cobrir e proteger o corpo. Mas não é só isso. As penas das asas, por exemplo, ajudam a levantar voo, descer, imprimir maior ou menor velocidade, planar, etc. As penas das asas recebem o nome de rêmiges. As penas das caudas são o"leme" das aves e servem para orientar a direção do voo. São chamados retrizes. As penas que cobrem o corpo da ave quando adulta chamam-se tetrizes. Existe ainda a penugem, que é uma camada de penas minúsculas e macias, presa diretamente na pele das aves. Funciona como isolante térmico, impedindo que a ave perca calor.

    As penas podem ser recobertas por um tipo de óleo produzido pelas glândulas uropigianas. Essas glândulas estão localizadas próximas ao ânus. A ave recolhe esse óleo com o pico e passa-o cuidadosamente em todas as penas. As aves aquáticas tornam-se impermeáveis e dessa maneira não afundam. Essa característica também colabora durante o voo. Se a ave estiver voando sob chuva, as gotas escorrerão pelas penas e não aumentarão o peso da ave.

FONTES: UFSM, Base de dados do Portal Brasil, Os seres vivos, Rogesavers e Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.